quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Muito obrigada!

Todos nós temos muitos motivos pra agradecer.
Por pequenas ou grandes bênçãos, repito sem medo de errar, todos nós temos muitos motivos pra agradecer. Sempre!

A Bíblia diz: "em tudo dai graças".
Pelo fato da frase estar no imperativo, isso é um mandamento. Assim sendo, aproveito este dia especial pra mim e agradeço a Deus, o Doador da vida, por tudo o que Ele bondosamente me dá a cada dia, ao longo dos meus 42 anos, mesmo sem eu merecer!
Que Deus tão Lindo!

Como singela expressão da minha gratidão, deixo a letra de uma bela música que gosto muito, composta por Violeta Parra, "Gracias a la vida", gravada por uma grande artista latina que morreu há poucos dias, Mercedes Sosa, por quem sempre tive o maior respeito.

"Gracias a la vida". É tudo o que, neste 22 de outubro de 2009, eu mais quero dizer a Deus, família e amigos que contribuem para que minha vida seja tão colorida.


Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me dois olhos que, quando os abro
perfeitamente distingo o preto do branco
e no alto céu, o seu fundo estrelado
e nas multidões, o homem que eu amo.
.
Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me o ouvido que, em toda a amplitude,
grava, noite e dia, grilos e canários
martelos, turbinas, latidos, chuviscos
e a voz tão terna do meu bem amado.
.
Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me o som e o abecedário
e, com ele, as palavras com que penso e falo
mãe, amigo, irmão e luz iluminando
a rota da alma de quem estou amando.
.
Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me a marcha dos meus pés cansados
com eles andei por cidades e charcos,
praias e desertos, montanhas e planícies
pela tua casa, tua rua e teu pátio.
.
Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me o coração que todo se agita
quando vejo o fruto do cérebro humano,
quando vejo o bem tão longe do mal,
quando vejo no fundo do teus olhos claros.
.
Obrigado à vida que me tem dado tanto
deu-me o riso e deu-me o pranto
assim eu distingo a felicidade da tristeza,
os dois materiais de que é feito o meu canto
e o canto de todos, que é o meu próprio canto
.
Obrigado à Vida
Obrigado à Vida
Obrigado à Vida
Obrigado à Vida
.


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ao mestre com carinho

Ontem, Dia do Professor, escrevi no Twitter algumas lembranças de professores inesquecíveis que tive, mas resolvi escrever aqui também, pois acho que o tema vale ser explorado num espaço maior que 140 caracteres.

Sempre pensei na profissão de professor como a mais nobre, a mais importante, a que deveria ser mais honrada e melhor remunerada, afinal, ela é a mãe de todas as outras profissões. Claro que cada ofício tem seu valor, mas o magistério é, antes de tudo, um sacerdócio.
Como qualquer pessoa, tive professores marcantes em minha vida (tanto os bons quanto os ruins), mas todos eles, sem dúvida, de alguma forma contribuíram para a minha formação como pessoa.

-Um dos meus professores inesquecíveis foi meu amor platônico na 7ª série, em Campina Grande-PB. Não lembro o nome dele, mas era o professor de Ciências. Um gato! Paixão absoluta de 10 entre 10 estudantes do Colégio das Damas. Ele próprio (pasme!) me dava cola nas provas de múltipla escolha!
Como eu adorava!

-Tive uma ótima professora de História no cursinho, a Márcia, com quem aprendi a amar essa matéria, até então odiada por mim. Suas aulas pareciam filmes!

-Minha primeira professora de inglês, na 5ª série, era uma japonesa, (nascida no Japão mesmo) com bem pouca familiaridade com o nosso idioma. Ela nos ensinou inglês com sotaque japonês, veja você!
Só na 6ª série, quando mudei de cidade e de escola, fui ver o estrago que ela tinha feito. Uma das palavras "erradas" que me lembro dela ter ensinado, era "your", cuja pronúncia é "iór", certo? Ela nos ensinou "nhúar". (hahahahaha!)
Pra conseguir me desvencilhar desse inglês-nipônico, foi um drama!


Minhas professoras de música são um capítulo à parte!
-Minha 1ª professora de piano, quando eu tinha 7 anos de idade e morava em Caruaru-PE, foi Lourdinha Andrade Troueira (eu achava massa esse sobrenome, com todas as vogais presentes!), dona do Instituto Musical Villa Lobos. Nunca me esqueci de como ela era delicada e carinhosa. Lembro muito também dos recitais que ela promovia com os alunos, no auditório da Rádio Difusora, o maior da cidade.

-Na mesma Caruaru, tive uma outra professora de piano, D. Élcita, que era o oposto: uma sargentona muito brava. Ela me obrigava a lavar as mãos antes da aula e batia na minha mão quando eu tocava alguma nota errada. Que saco!
Pra minha sorte, fui sua aluna por pouco tempo.

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Outra inesquecível foi Dinane, minha professora de piano no Conservatório de Música da UFPE, em Recife. Uma velhinha fofa, mais doce que o mel, mas que não sabia passar batom. Sua boca toda borrada me deixava agoniada e desviava minha atenção das partituras!

-Uma professora incrível que tive foi Maria Inês, na época do Conservatório, já em Belo Horizonte. Ela é minha ídola até hoje! Divertidíssima, super espirituosa, suas aulas eram uma festa!
Mais de 10 anos sem vê-la, um belo dia eu a encontrei por acaso e feliscíssima falei: "Maria Inês, minha ídola! Que prazer te ver!" Ela me olhou fixamente por alguns segundos, como que processando informações e disse: "Kátia Rocha Goecking Silva!"
Eu fiquei impressionada com aquela memória tão poderosa e, claro, morri de orgulho por constatar que não é só professor que marca o aluno; o contrário também é verdadeiro.
Hoje ela é a diretora da faculdade de Música da UFMG e queridíssima, como sempre.

Quando criança, eu também fui aluna da minha mãe e digo que foi uma experiência terrível! Ela, com seu infalível senso de justiça, pra demonstrar aos outros alunos que não me protegia, pelo fato de ser sua filha, fazia exatamente o contrário: me perseguia!
Ó céus!
Eu penei, viu?

Eu também já fui professora. De Percepção Musical,
por 2 anos e meio, num curso de música sacra e adorei! Meus alunos eram gente da melhor qualidade, todos adultos, o que me deixava bem mais à vontade, principalmente porque eles gostavam da minha linguagem informal, dos meus besteiróis, acompanhavam o humor sutil, trocadilhos mil e minhas parábolas mirabolantes sobre a matéria. Era sensacional e essa época deixou muita saudade!

Como regente de um Coral com 120 jovens (entre 15 e 30 anos), continuo exercendo minha função de professora e é maravilhoso aprender com eles!
E como eu aprendo!


Mas eu tenho vergonha de dizer que sou professora, quando vejo o exemplo de verdadeiros mestres que tanto se sacrificam pra levar o ensino aos seus alunos.
Vira e mexe a gente vê reportagens na tv sobre professores que, com uma dedicação sobre-humana, lutam com todas as ferramentas possíveis e imagináveis para fazer a diferença na vida de seus alunos; muitos deles em condições sub-humanas.
São salas de aula sem bancos, sem quadro; são alunos sem material didático decente, estudando lado a lado com colegas de várias séries diferentes;
escolas sem a menor infra-estrutura.
Muitos
professores nem sala têm e dão aula debaixo de árvores. Alguns, no interior da Amazônia, todos os dias atravessam rios caudalosos em barquinhos frágeis, debaixo de chuva, para transmitirem o seu saber a alunos ávidos por aprender!
É lindo e emocionante ver cenas assim, mas ao mesmo tempo é revoltante, porque sabemos muito bem que essa desigualdade social tem vários patrocinadores, muitos deles, inclusive, chamados de "vossa excelência"!

A própria população brasileira parece não reconhecer a importância da educação como pré-requisito pra formação de uma sociedade sólida e o meio mais eficaz de tornar próspera a nossa nação. O único candidato a presidência da República nas últimas eleições, Cristóvam Buarque, cuja bandeira principal era a Educação, não só foi ridicularizado como "o candidato de uma nota só", como recebeu apenas 12% dos votos!
Que país é esse?!


Além das péssimas condições de trabalho da maioria, os professores não são valorizados como merecem! Perdeu-se aquela noção de hierarquia, aquela consciência de que o professor é uma autoridade que, em sala de aula, ocupa o papel do pai e da mãe. Muito deles são desrespeitados e até ameaçados. Um fenômeno que acontece em escola de pobre e em escola de rico.
Como é que pode uma coisa dessa?!

As coisas realmente mudaram muito!
Veja o quadro abaixo e perceba como isto é uma triste e vergonhosa realidade!



Que horror!

Agradeço a Deus por ter vivido outros tempos e por fazer parte de uma classe privilegiada que teve um acesso bem mais fácil à escola.
Meus pais nunca foram milionários, mas como todos os bons pais da terra, eles sempre se esforçaram pra oferecer o melhor pra mim e pro meu irmão. E o melhor ensino nas cidades em que eu morei, eram os colégios de freiras, onde estudei metade da minha vida escolar.

Colégio de freira é muito interessante. Na época, claro, eu odiava certos procedimentos (como, por exemplo, se levantar quando a Madre Superiora entrava na sala de aula) mas hoje dou o maior valor, porque entendo que educação tem que ser rígida mesmo!
Se houvesse mais rigidez na educação, tanto nos colégios, como nas famílias, com toda a certeza não veríamos tanta frouxidão nos princípios e valores de vida.

Um dos meus filmes mais queridos de todos os tempos é "Sociedade dos poetas mortos", que conta a história de John Keating (magnificamente interpretado por Robin Williams), um professor revolucionário que marcou pra sempre a vida de seus alunos, levando-os ao maior e mais básico exercício da cidadania: pensar.
São os professores que despertam essas coisas na gente.
O filme é maravilhoso e eu recomendo com louvor!

Deus abençoe a todos os professores da vida real, a quem ofereço, com essa singela homenagem, todo o meu carinho e respeito.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O que me irrita

Por mais indiano, tibetano ou franciscano que você seja, confesse, caro leitor, alguma coisa nessa vida é capaz de te tirar do sério, pois sim?


Não há cristão no mundo que esteja isento desse sentimento tão humano, portanto, não há do que se envergonhar.
Só não se pode permitir que isso faça a gente perder o controle, certo?

Vai abaixo a lista de coisinhas que me irritam profundamente.



1. Falta de educação
Ah, se isso desse cadeia!

2. Todo e qualquer tipo de abuso
Por favor, me poupe!

3. Funk carioca
Lixo!

4. Quem confunde discussão com briga
Já dizia a filósofa Chiquinha, amiga do Chaves: "da discussão nasce a luz!"
Pena que a maioria vê a discussão como o princípio da 3ª guerra mundial; a discordância como um ataque pessoal; o questionamento como uma afronta... Que falta de civilidade!
E mesmo quando o caso for um desentendimento brabo, tudo pode ser dito e feito com respeito, pô!
Eu fico fulíssima quando estou debatendo um problema com alguém, e a pessoa, sem argumentos pra se defender, começa a atacar, levantando rusgas antigas ou mesmo defeitos meus (que realmente são muitos!) mas que não têm nada a ver com o tema em questão.
Que covardia! Isso é tão feio e tão comum!
Vamos discutir, mas uma coisa de cada vez, pode ser?


5. Telemarketing

Tenho muita pena dessa classe tão hostilizada, mas eles dão mole demais, pôxa!

6. Constrangimentos
Nada justifica!

7. Adultos imaturos
Imaturidade só é tolerável na infância, adolescência e juventude. Mesmo assim, o jovem tem que buscar seu crescimento mental o quanto antes, pra chegar nas fases seguintes o mais preparado possível. Se assim não for, ele vai engrossar o desfile de vexames que vemos quase todo dia, protagonizados por tiozinhos sem noção.

8. Desperdício (principalmente de água e luz)
Falta de consciência ecológica e coletiva, me mata!

9. Birra de criança mimada
Ô vontade de dar um beliscão! Na criança e principalmente na mãe songamonga!

10. Quem fala de si, na 3ª pessoa
Nessa categoria, Pelé também é rei. Mas há outros.

11. Narcisista: o convencido e egocêntrico
Ele se acha a bala que matou Kennedy e só sabe falar de si. Que azar, cruzar o caminho com esse tipinho!
Ô povo que me dá azia!


12. Cigarro
Sonho com o dia em que fumar em público seja um crime.

13. Insistência
Por favor, me ofereça ou me peça só uma vez, tá?

14. Dedo no meu umbigo
Porque eu fico tonta.

15. Falta do senso de ridículo
Gordas e/ou idosas com roupitchas não apropriadas que deixam suas "sobras" à mostra. Isso é o fim, minha gente!

6. Indisciplina

Gente que não cumpre o horário; que falta aos compromissos assumidos; que não sabe calar a boca quando o outro está com a palavra... putz!

17. Banheiro público imundo
Socorro!

18. Lugar-comum
Frases do tipo: "Vamos dar tempo ao tempo"; "foi uma perda irreparável"; "um beijo no seu coração"; "dignidade da pessoa humana"; "cada caso é um caso"; "há políticos e políticos!" ; "o filme foi pra lá de interessante"; (ODEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIO!)

19. Redemoinho no cabelo
Aquela curva com vontade própria que um pedaço da cabeleira teima em fazer.
Solução: ou você passa a máquina zero ou se conforma com resignação.

20. Lista de compras do supermercado
Desculpa, isso me irrita, fazer o quê?!

21. Alguns sotaques e algumas gírias
Tem uns que me dão nos nervos!

22. Ataque de estrelismo
Ai que preguiiiiiiiiiiiiiiiça!
Vai caçar uma laje pra bater, vai?

23. Mãe de miss
Toda mãe tem orgulho de sua prole, tudo bem; mas a mãe de miss vai muito além!
Tão patético quanto um parasita, que vive às custas de, a mãe de miss vive em função de.
Ela se anula, se projeta na filha, se realiza com os "feitos" da filha, faz de um tudo pra vê-la no topo do mundo, cava as oportunidades com todas as possíveis e inimagináveis ferramentas e dá chilique se alguém tenta impedir o acesso de sua filha aos píncaros da glória!

URGH!
É uma coitada!
Vai caçar um rodapé pra lustrar, vai?

24. O "amigão"
Aquele fulano sem noção que chega na maior intimidade. Normalmente é um fã ou simplesmente um cara que quer parecer super enturmado com gente bacana.
Vai caçar um lote pra capinar, vai?

25. Gerundismo
Justiça seja feita, essa praga parece estar se extinguindo.

26. Ver minha casa bagunçada
Para nós, Metódicos S.A., além de irritante, isso é uma tortura!

27. Língua presa

E você já viu quantas modalidades de língua presa existem ao seu redor?
Nada contra a pessoa, mas diante de alguém com língua presa eu tenho que desviar o olhar, porque me dá uma gastura atroz!

28. Explicar a piada
Surge uma situação ou você vê uma cena e aquilo te dá uma incrível inspiração. Você faz um comentário hilário, com aquele humor sutil e o seu interlocutor simplesmente não acompanha sua genialidade!
Que derrota!

29. Flanelinhas
Deus me perdoe, mas eu os detesto!

30. Afetação
Tudo bem, esse conceito é bem subjetivo, mas pra mim é tão real!

31.
Motorista solitário
Ele pensa que está dirigindo sozinho pelas ruas e é dono de cada pedaço do asfalto.
É por isso ele pára em fila dupla e estaciona em portas de garagem;
fecha cruzamentos; entra em qualquer direção sem dar seta; deixa o carro na transversal da rua, enquanto abre ou fecha o portão; diminui a marcha, enquanto procura o endereço, mesmo com uma enorme fila de carros atrás; anda lentamente na esquerda e não dá a mínima se está arregaçando todo o trânsito... E se você for louco de reclamar e ele estiver armado, não se iluda: ele vai te dar um tiro ali mesmo!
Fique na sua e sofra calado.


32. Falsidade e inveja
Não há dúvida: essa gente é tão maléfica e perigosa quanto Fernandinho Beira-mar, o tarado do parque, José Sarney e seus asseclas, Odete Reutemann, planta carnívora, o vírus HIV, o monstro do Lago Ness, um meteoro desgovernado, um copo de cianureto...

33.
Perguntas idiotas
Tolerância zero ou respostas cretinas.
Por exemplo: você tira um talão de cheques na loja, o caixa olha e pergunta:
- Vai pagar com cheque?
- Não! Vou usar a folha do cheque pra treinar continhas de MMC, MDC e raiz quadrada.
Dââââ...

34. Melosidades
Pessoas melosas; textos, poesias, mensagens de power point, filmes, músicas melosas... minha nossa! Eu morro afogada em tanta glicose!

E você, tem a manha de compartilhar o que te irrita?