terça-feira, 25 de agosto de 2009

Distraída, eu?! (Parte II)

Está cada vez mais difícil adiar o momento em que terei de encarar o manto, a coroa, o cetro e o título de "Rainha da Distração", depois da cena que protagonizei ontem!

Há alguns dias, meu marido e eu planejamos fazer uma viagem a São Paulo, pra algumas compras. Viagem relâmpago, do tipo bate e volta, mas uma viagem, já que ele está de férias e é sempre bom dar uma escapada de BH.
Ele fez essa viagem no ano passado e, apesar de super cansativa, gostou da experiência, pois fez ótimas compras pra loja da família. (Essa era a nossa intenção agora, de novo. Eu disse ERA!)

No fim da tarde de ontem, meu genrinho querido passou aqui em casa pra nos buscar e nos levar ao terminal rodoviário, de onde partiríamos num ônibus maneiríssimo, às 7:00 da noite.
Eu, feliz da vida, toda serelepe, principalmente por não ter que fazer mala nenhuma, estava pronta pra me jogar em São Paulo, que tanto gosto.
Lá fomos nós.

Chegamos na agência de turismo, responsável pela viagem, no horário certinho, um pouco antes das 6:30 da tarde.
Enquanto o genro estacionava o carro pra esperar minha filha, que se encontraria com a gente lá, eu me sentei numa cadeira dentro da agência e meu marido foi fazer os acertos com a funcionária.

Eis que ela comete a barbaridade de pedir os nossos documentos! Meu marido abriu a carteira, pegou a identidade dele, olhou pra mim e comete a barbaridade de me pedir a minha!
(...)
Quem falou que eu levei?!
(...)
Eu simplesmente me esqueci!
(...)
Minha nossa!
Eu estava lisa, lesa e louca! Sem lenço e sem documento algum!
(...)
O que é isso, minha gente?!
Como assim?!


Eu fiquei pa-ra-li-sa-da, com a boca arriada e olhos arregalados, fixos no meu marido, torcendo desesperada pra que ninguém presente ali percebesse o que tinha acontecido!
S O C O R R O!

Que decepção! Que vergonha! Que raiva de mim!
Quem já viu alguém ir viajar e não levar nenhum documento de identificação?!
Gente, isso é tão elementar!
Logo eu, que há tanto tempo organizo todas as viagens do "meu" Coral e sei, mais que ninguém, a necessidade de se levar qualquer documento de identidade!

O vexame do ano!

Eu quis me esconder dentro de uma garrafa, como fazia Jeannie é um gênio!

Meu marido, que conhece muito bem o seu gado, mais uma vez foi discreto e generoso comigo, mas mais que depressa pelejava pra achar uma solução.
A essa altura meu genro tinha chegado lá com a minha filha, que ficou estarrecida com o meu "feito"!
"Mãe! Nem na padaria a gente deve ir sem documento!"
Ó Dio mio!
Sem falar que
se eu estivesse ali sozinha e morresse, seria sepultada como indigente!
AFE!

Meu genrinho, sempre com muita iniciativa e super boa vontade, conversou com o guia, pra segurar a saída do ônibus um pouquinho e praticamente me puxou pela mão pra virmos aqui em casa buscar o raio do documento. Eu até entrei no carro com ele, mas completamente desanimada por ver a dureza da realidade: não daria tempo!
Se estivéssemos em qualquer outro horário do dia, talvez desse, mas na hora do auge do rush... sem chance!
Chegamos a dar a volta no quarteirão, mas ele mesmo viu que seria em vão, pois o trânsito tava impossível!

Voltamos pra agência, no terminal, onde meu marido, ciente de que a qualquer momento apareceríamos com o rabinho entre as pernas, já estava cogitando contratar um motoboy. Meu genro, então, começa a dar zilhões de telefonemas pra localizar alguém de confiança, da empresa dele.
Mas aí meu marido tem uma ideia melhor: mandar o documento por fax!
Ele perguntou na agência se seria possível, naquela pressão toda, o pessoal lá falou que tudo bem.
Plim! Uma pequenina luz se acende lá longe!
Ô glória!


Ele liga aqui pra casa, relata o ocorrido ao meu filho, que tinha acabado de chegar da escola, e manda que ele providencie o envio da minha identidade com urgência total!
O detalhe é que não temos fax em casa.
Lá vai meu filho caçar um fax em algum estabelecimento comercial do nosso bairro!
Ó céus!

Achar, ele até achou, mas, misteriosamente, nenhum funcionou. Nem o aparelho de onde ele tentou enviar, nem os 3, da agência e de outras agências vizinhas, que receberiam!
No fim, cheguei à conclusão que todos os aparelhos de fax da cidade estavam com defeito!
Que coisa, viu?

É... não deu!
Não era mesmo pra gente viajar naquele dia!
Como sabemos que em tudo devemos dar graças, chegamos em casa e agradecemos a Deus. Seja lá pelo que for, agradecemos!

Bem, nem tudo ficou perdido! Saímos da agência com os nossos nomes já matriculados pra próxima viagem, amanhã à noite. Só que dessa vez, vou levar não só o meu RG, mas também o CPF, CNH, certidão de nascimento, carteira da Ordem dos Músicos do Brasil, título de eleitor, certificado de batismo e o resultado dos meus mais recentes exames laboratoriais, mais a mamografia; só pra garantir, né?

Mas... vou te contar, viu? Duro mesmo está sendo aguentar a zuação implacável do meu marido, remedando, o tempo todo, a cara que eu fiz naquela hora infeliz!
ahahahahaha!!!!!
Hilário!

Rir pra não chorar!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Homenagem ao malandro

Acabo de ouvir no rádio uma música do sempre genial Chico Buarque.
Como esse cara sabe das coisas!
Uma música feita há tanto tempo e tão atual! (Que país é esse?!)
Aliás, o 3º parágrafo dessa música é o retrato perfeito dos noticiários desses últimos dias em que só se ouve sobre secretária versus ministra, a velha guerra das emissoras de tv e dos abusos, manobras e um desfile de horrores praticados por pastores-monstros, senadores-monstros, médico-monstro... QUE NOJO! NO-JO! N-O-J-O!


A música fala de malandragem, mas você pode substituir por "pilantragem", que também dá certinho!

Abaixo, a letra:

Eu fui fazer um samba em homenagem
à nata da malandragem
que conheço de outros carnavais

Eu fui à Lapa e perdi a viagem
que aquela tal malandragem
não existe mais

Agora já não é normal
o que dá de malandro regular, profissional
malandro com aparato de malandro oficial
malandro candidato a malandro federal
malandro com retrato na coluna social
malandro com contrato, com gravata e capital
que nunca se dá mal

Mas o malandro pra valer
- não espalha
aposentou a navalha
tem mulher e filho e tralha e tal

Dizem as más línguas que ele até trabalha
mora lá longe e chacoalha
num trem da Central


Chico Gênio! Bravo! Bravo!

Ainda bem que no meio de tanta lama e podridão, existe espaço pro atleta jamaicano Usain Bolt, um malandro do Bem que tem fascinado e divertido o mundo com sua competência e malandragem totalmente inofensiva.




domingo, 2 de agosto de 2009

Jill & Kevin

Ontem assisti a um video no Youtube, do qual já havia ouvido falar há alguns dias.
Trata-se de uma cerimônia de casamento, onde os padrinhos e noivos fazem do ritual da entrada (de uma maneira totalmente inusitada) um verdadeiro acontecimento! Acontecimento esse que, aliás, não marcou apenas os convidados presentes, mas também outras tantas pessoas que nem sequer conhecem o casal. Basta ver que as visualizações passam da casa dos 14 milhões! Um espanto!

Mais que fascinada pela inovação e ousadia, fiquei emocionada por ver ali uma alegria explícita! Não só dos noivos, mas também dos amigos envolvidos que participaram do show. Todos celebrando o dia que deveria ser o mais especial na vida de qualquer pessoa.
É lindo! Completamente lindo!

A única coisa profundamente lamentável (pôxa, um "detalhe" tão importante!), é que tudo acontece DENTRO DE UMA IGREJA, o que é absolutamente inconveniente! Mas é tudo tão sincero e contagiante, que a gente é obrigado a relevar, vai!

Como não consegui descobrir como se faz pra adicionar o video aqui, vai aí o link (
http://www.youtube.com/watch?v=4-94JhLEiN0) pra você colar no seu navegador. Se não souber como se faz isso, vá no youtube e digite no campo de pesquisar: "JK wedding entrance dance".
É SENSACIONAL!
Com toda a certeza você nunca viu nada parecido!