quarta-feira, 24 de março de 2010

Fanatismo Esporte Clube

Ultimamente tenho pensado a respeito do fanatismo e chego à  óbvia conclusão de que essa é uma das posturas mais estúpidas que um ser humano pode adotar, porque é o ato da escravidão voluntária! 
É ridículo, mas ao mesmo tempo é patético!

O fanático é um sujeito completamente cego, quanto às suas opiniões e, como companhia, é um chato de galocha, pois não sabe conversar sobre nenhum outro assunto, se não aquele da sua devoção; ele fica o tempo todo batendo na mesma tecla! 
(Nem o famoso "Samba de uma nota só", dos geniais Tom Jobim e Newton Mendonça, fica numa nota só o tempo todo!)

Existem fanáticos por toda a parte e em várias áreas: 
-tem fanático pela política (o militante xiita);
-tem fanático pelo trabalho (o workaholic); 
-tem fanático pela alimentação saudável (o natureba); 
-tem fanático por missa (o beato);
- e até o fanático por doença (o hipocondríaco)! 
Mas em pelo menos 3 áreas é possível reconhecer facilmente o "fanatismo ostentoso": na religião, no futebol e na música.
Vira e mexe a tv mostra a manifestação doentia de fanáticos nessas categorias,  fazendo estrago por onde passam. 



Quantas guerras são e já foram travadas em Nome de Deus!
Quantos torcedores já se envolveram em brigas  feias e até morreram por causa dos seus times!
Quantos fãs já tiraram dinheiro de onde não tinha, se endividaram, perderam emprego, passaram por todo tipo de privação, só pra  acompanhar a carreira de seus ídolos, comprando discos, revistas, ingressos de shows em todos os quadrantes da terra!


Nos casos mais radicais:
O fanático do futebol é um assassino em potencial!
O fanático da música é um suicida em potencial!
O fanático da religião consegue ser as duas coisas ao mesmo tempo: assassino e suicida em potencial!

No futebol, quanto mais sacrifício o cara faz por seu time,  quanto mais "fidelidade" e "paixão" ele demonstra, mais ele se sente honrado! Quanto mais ele chora, xinga, grita e berra pelo clube do coração, mais ele se sente "o" torcedor exemplar. Que imbecilidade!


(E a anta ainda escreve o nome do time errado! Afe!)

Isso é levar o futebol a sério demais, minha gente! Cruz credo!


Na música, eu já vi e li reportagens com histórias escabrosas de fãs que têm seus ídolos como seu deus. Quando Madonna fez show no Brasil dessa última vez, eu vi um rapaz dizendo que ela era a sua religião! 
Nos anos 90 uma fã inglesa de 14 anos se jogou do prédio onde morava quando soube que seu grupo predileto, o Take That, tinha chegado ao fim!


O que é isso, gente?!
Alguém aí, dá um lote pra esse povo capinar!

Na religião, nós conhecemos bem aquela história do homem-bomba que, em nome de sua crença, provoca a morte de um monte de gente, inclusive de inocentes,  com a certeza de que vai chegar ao paraíso e herdar um harém com um batalhão de lindas mulheres à sua espera, cheias de amor pra dar.

Tem ainda as auto-flagelações 


e até o suicídio em massa,  provocado por líderes inescrupulosos, como foi o caso, por exemplo, da seita do Jim Jones, no fim dos anos 70.


Onde é que está escrito que Deus exige e aprova essas práticas?!

Não precisa nem ir tão longe! Todo mundo conhece algum crente chato, que usa a Bíblia como chicote e passa a vida medindo, acusando e condenando os pecados alheios! 
(Normalmente esse tipinho é um tarado enrustido ou tem um grande podre a esconder! Pode crer!) 

O fanatismo é a revelação de um "amor canceroso", que faz todo mundo sofrer.

O futebol foi feito pra divertir, não pro cara ir ao estádio com o intuito de brigar ou mesmo matar!
A música foi feita pra relaxar, trazer alegria e leveza à vida, não pra escravizar o admirador!
A religião foi feita pra trazer equilíbrio e religar a pessoa a Deus, e não desligar a pessoa dos seus semelhantes!

Eu, heim?!

Um comentário:

  1. O fanatismo surge em cabeças unilaterais. Apenas uma visão para todas as coisas. Nacionalismo, a meu ver, entra nesta lista também. É tudo um perigo que precisa ser contido com uma boa dose de equilíbrio. Saber equalizar, nada é definitivo. Dá pra se viver intensamente, sem precisar ser radical.

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